A Psicoterapia Corporal e o Potencial Humano
Se consultarmos o dicionário da Porto Editora online, só na terceira definição de Potencial é que chegamos a “capacidade ou habilidade para realizações ou desenvolvimentos futuros”. Apesar de a explicação aparecer em último lugar neste dicionário de definições, para o dicionário da psicoterapia corporal esta é a prioridade.
Assim é porque é impossível dissociar psicoterapia corporal e o desenvolvimento do potencial que cada pessoa tem. Falar de corpo, no contexto de desenvolvimento pessoal e de saúde, é trazer a palco a experiência subjetiva individual nas várias dimensões que o compõem, nomeadamente o corpo físico, mental e emocional. O corpo como espaço dinâmico das experiências vividas e espaço para o encontro do potencial de cada ser. As crenças estão enraizadas e experienciadas no corpo mas é esse mesmo corpo a fonte de recursos para a mudança.
Ao adoptar uma abordagem mente-corpo, tendo em consideração toda a complexidade das interseções e interacções entre o corpo e a mente, mas também a influência do meio no sujeito, a psicoterapia corporal, entre outros objetivos, procura responder às necessidades das pessoas que a integram; essas necessidades, mais ou menos inconscientes, surgem pelo potencial (não) desenvolvido.
É, então, através da prática de psicoterapia corporal, incorporando no dia-a-dia o que aprende no percurso terapêutico, que muitas pessoas podem aproximar-se do potencial que têm encapsulado e assim olhando, a partir de uma nova experiência corporal, as crenças, as experiências passadas potencialmente traumáticas e medos futuros se poderá libertar a energia vital estagnada e abrir caminho para a concretização do seu potencial anteriormente desconhecido.
Saber que é possível viver de outra forma, mais plena, mais consciente e com mais ferramentas para lidar com os problemas é o propósito da psicoterapia corporal. Este é o seu potencial: ajudar a concretizar o dos outros.