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O que nos diz Gerda Boyesen sobre autorregulação?

O organismo é regido por leis e fluxos naturais. Quando esses fluxos são interrompidos, não respeitados, as potencialidades inatas de realização e de saúde podem ficar comprometidas criando desorganização, alterações orgânicas e psicológicas.

Sobre a autorregulação e a restauração da mesma, Gerda Boyesen, em 1996, numa entrevista a Vera Iaconelli e André Samson dizia: “Existem pessoas tão distantes de si mesmas, tão encouraçadas, que não sabem como alcançar a autorregulação. Mas na Biodinâmica podemos trabalhar com a couraça porque nós tocamos no corpo, e assim podemos sentir o que o corpo precisa e ajudar a atingir a autorregulação.”

A autora e psicóloga acrescentou ainda: “Muitos trabalhadores morrem de ataque cardíaco porque não conseguem sentir quando estão cansados, pois não estão em contacto com o corpo. Quanto mais estivermos em contacto com o corpo, mais aptos estamos para a autorregulação. Na Biodinâmica, nós encontrámos o mecanismo da autorregulação, que está ligado aos músculos e à mente. Nós criámos um método onde conseguimos influenciar a autorregulação.”

“Sem o psicoperistaltismo”, continua a fundadora da psicoterapia biodinâmica, “a tensão no corpo enche, enche e enche e o ‘copo fica demasiado cheio’ e as pessoas adoecem: neurose e psicossomatização. Com esta tensão, a função do psicoperistaltismo pode parar e deixar de funcionar. E é aí que as pessoas ficam psicologicamente doentes. Estamos a falar de uma nova expressão. Falamos de autorregulação, mas falamos também de autorregulação psicoperistáltica”.

Também Wilhelm Reich se referia à autorregulação como sinónimo de vida. A ‘urgência’ da sociedade leva-nos a sair do contacto com as leis internas, básicas e saudáveis. A proposta é redescobrir, reencontrar, regressar à autorregulação mesmo no meio do intenso movimento externo a cada um de nós.